Anvisa sugere mĂĄscara e isolamento para adiar chegada de varĂ­ola dos macacos no Brasil

Órgão quer ainda a adoção de distanciamento social e higiene das mãos em aeroportos e aeronaves

Por Ester Ferreira em 24/05/2022 às 11:52:34
Legenda: Uma erupção cutânea pode se desenvolver, muitas vezes começando no rosto, e depois se espalhando para outras partes do corpo, incluindo os genitais Foto: Divulgação/Agência de Segurança Sanit

Legenda: Uma erupção cutânea pode se desenvolver, muitas vezes começando no rosto, e depois se espalhando para outras partes do corpo, incluindo os genitais Foto: Divulgação/Agência de Segurança Sanit

A AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) estĂĄ pedindo reforço de medidas não farmacológicas, como distanciamento, uso de mĂĄscara e higienização frequente de mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vĂ­rus da varĂ­ola dos macacos no Brasil. Desde o inĂ­cio do mĂȘs, ao menos 120 ocorrĂȘncias da doença foram confirmadas em 15 paĂ­ses. O Ministério da SaĂșde instituiu ontem uma sala de situação para monitorar o cenĂĄrio da monkeypox no Brasil.

A rara doença pode chegar nos próximos dias, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. No domingo foram registrados casos suspeitos na vizinha Argentina. A varĂ­ola dos macacos é, na verdade, doença original de roedores silvestres, mas isolada inicialmente em macacos. É frequente na África, mas de ocorrĂȘncia muito rara em outros continentes.

Cientistas acreditam que o desequilĂ­brio ambiental esteja por trĂĄs do atual surto, mas não veem razão para pânico. "Acho muito difĂ­cil que (a doença) não chegue aqui", afirmou o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez "Mas se trata de uma doença considerada benigna." Além disso, existem tratamento e vacinas.

Mas é necessĂĄrio alerta, segundo a Chefe da Divisão de Moléstias Infecciosas e ParasitĂĄrias do Hospital das ClĂ­nicas da USP, Anna Sara Levin. "Essa transmissão pessoal é um pouco preocupante, temos de entender se houve uma adaptação do vĂ­rus ou contato muito intenso entre as pessoas."

"É mais um problema que vem se somar ao nosso quadro atual", disse Urbaez. "O ponto positivo é que a nossa vigilância estĂĄ muito sensĂ­vel, conseguindo detectar os problemas em tempo real "

Fonte: DiĂĄrio do Nordeste

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