Corpos encontrados em barco no Pará serão sepultados sem identificação nesta quinta (25), informa PF

Cerimônia laica promovida por instituições que participaram do resgate marcará sepultamento

Por Ester Ferreira em 25/04/2024 às 08:08:54
Foto: Reprodução

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Os nove corpos encontrados em uma barco à deriva na região de Bragança, no Pará, no dia 13 de abril, serão temporariamente sepultados na manhã desta quinta-feira (25), em Belém. Até o momento, as vítimas não foram identificadas.

De acordo com a Polícia Federal (PF), os nove corpos serão enterrados no cemitério São Jorge, bairro belenense da Marambaia.

"O procedimento é de inumação, pois permite que, caso seja do interesse das famílias, possa ser exumado e sepultado em outro local", explicou a PF, em nota.

Na ocasião, haverá uma cerimônia laica promovida por instituições que participaram do resgate, sendo elas: Marinha, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Científica do Pará, Guarda Municipal de Bragança, Defesa Civil do Estado, Defesa Civil de Bragança, a Organização Internacional das Nações Unidas para as Migrações (OIM) e o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

INTERPOL FOI ACIONADA

A Polícia Federal (PF) vai acionar a ajuda da Interpol para conseguir identificar as nove vítimas encontradas em uma barco à deriva na região de Bragança, no Pará. A perícia trabalha buscando saber quem são os corpos encontrados — analisando arcadas dentárias e amostras de DNA — mas ainda não encontraram resultados decisivos.

A suspeita é de que todos os que estavam na pequena embarcação devem ter morrido de fome e sede no oceano. Foram encontrados 27 celulares danificados pela água, mas a perícia apontou que o barco tinha capacidade máxima de comportar entre 30 e 40 pessoas.

Não há informações sobre a nacionalidade das vítimas ou o local de saída da embarcação. Além dos aparelhos telefônicos, havia 25 capas de chuvas. Objetos e documentos encontrados junto aos corpos sugerem que as vítimas sejam migrantes do continente africano, da região de Mauritânia e Mali. No entanto, ainda não é possível descartar a existência de vítimas de outras nacionalidades.

Fonte: Diário do Nordeste

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