Acusado de participar da morte de Marielle Franco, será transferido para presídio federal.

Provas apresentadas pelo Ministério Público do Rio apontam a ligação de Maxwell Simões Correa com o caso, antes, durante e depois dos assassinatos

Por Ester Ferreira em 25/07/2023 às 14:34:48
Foto: Reprodução

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A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva do ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, por suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Correa deverá ser transferido a um presídio federal.

Suel foi preso na manhã da segunda-feira (24) no Rio de Janeiro, alvo da operação Élpis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Estado (MPRJ).

A decisão do juízo da 4a. Vara Criminal da Capital informa que as provas apresentadas pelo Ministério Público do Rio apontam a ligação do ex-bombeiro com o caso, antes, durante e depois dos assassinatos.

Na decisão, determinou ainda que o "preso seja transferido para um presídio de segurança máxima fora do estado, uma vez que ele representa risco às investigações". Até a transferência, determinou a Justiça, ele deverá ficar no presídio de Bangu I.

As provas que indicam a participação de Maxwell tiveram como base a colaboração premiada de outro acusado, o ex-Policial Militar Élcio de Queiroz. Na decisão, é citada a ligação do ex-bombeiro com Ronnie Lessa, que também está preso e é acusado de disparar contra o carro onde as vítimas estavam.

Suel teria participado, um dia após o crime, da troca de placas do veículousado no assassinato, jogado fora as cápsulas e munições usadas no crime, assim como o providenciado o desmanche do carro.

Maxwell mantinha financeiramente família de Élcio

De acordo com Élcio, Suel seria o responsável por manter financeiramente sua família, assim como arcar com as despesas de sua defesa. O objetivo era evitar o rompimento entre eles. Maxwell teria participação em uma organização criminosa, além de possuir patrimônio incompatível com sua condição financeira.

"[Â…] por todos esses motivos decreto, com base no Código de Processo Penal a prisão preventiva de Maxwell Simões Correa, com validade de 20 anos para um estabelecimento penal federal de segurança máxima, a ser indicado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça", determinou o juiz.

Fonte: Diário do Nordeste

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