Bolsonaro, quando quer e não é sempre, sabe ser grato a aliados fiéis, de preferência àqueles que puseram em risco suas carreiras e reputação para ajudá-lo a desgovernar o país e a se reeleger.
É o caso do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvanei Vasquez, que no dia da eleição em segundo turno usou sua tropa para dificultar o comparecimento às urnas de eleitores de Lula.
De lá para cá, foi tolerante com os caminhoneiros que bloqueiam estradas em solidariedade a bolsonaristas que exigem uma intervenção militar para não dar posse a Lula.
Vasques pediu ao seu subordinado Daniel Santos, diretor-executivo, autorização para participar de um mestrado de "Alta Direção em Segurança Internacional" na Espanha e no Chile.
Na ocasião, pediu que os ministros não investissem contra o garoto. Não obteve resposta, só estranheza. "O bom menino" não estava em questão, e sim a resignação de Bolsonaro com a derrota.
Estuda-se no governo mais um reconhecimento a Vasques pelos bons serviços prestados: um cargo remunerado no Conselho de Administração da empresa estatal Pré-Sal Petróleo.
Fonte: O Metrópole