Ex-prefeito é um dos alvos de operação da PF que investiga cartão de vacinação de Bolsonaro

Washigton Reis é suspeito de envolvimento em suposta adulteração nos dados de vacinação do ex-presidente

Por Ferreira Junior em 04/07/2024 às 10:57:25
Foto: Reprodução

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Secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Washington Reis (MDB) é alvo da segunda fase da Operação Venire, deflagrada por agentes da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (4). A ação investiga uma suposta adulteração no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022.

Conforme informado pela corporação, os policiais cumprem dois mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra agentes públicos ligados ao município fluminense.

Os funcionários são suspeitos de inserir dados falsos de vacinação contra Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos pertencentes ao Ministério da Saúde.

Além de Washington, a ação policial tem Célia Serrano, secretária da saúde de Duque de Caxias, como alvo, de acordo com informações do G1.

Deflagrada nas cidades do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias, a operação ainda busca identificar outros beneficiários do método fraudulento.

CARTÕES DE VACINAÇÃO DA FAMÍLIA BOLSONARO

Ainda segundo o G1, o banco de dados do Ministério da Saúde mostra que o ex-presidente Bolsonaro recebeu duas doses da vacina contra a Covid-19, no Centro Municipal de Saúde de Caxias, nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022.

O registro das aplicações, no entanto, só foi inserido nos sistemas em 21 de dezembro, pouco antes de Bolsonaro viajar para os Estados Unidos em seu penúltimo dia de mandato presidencial.

A inserção dos dados foi feita por João Carlos de Sousa Brecha, que, na época, atuava como secretário municipal de Governo de Duque de Caxias. Seis dias depois, eles foram removidos dos sistemas por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, devido a um suposto "erro".

Além do cartão de vacinação de Bolsonaro, o esquema teria burlado os registros de sua filha mais nova, Laura, de seus assessores e do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), irmão do então prefeito de Caxias, Washington Reis.

Para a Polícia Federal, o objetivo da movimentação era garantir a entrada de familiares e colaboradores do ex-presidente nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.

OPERAÇÃO VENIRE

A primeira fase da Operação Venire ocorreu em maio do ano passado, quando agentes da PF prenderam o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e outros cinco suspeitos.

Fonte: Diário do Nordeste

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