Supermercado faz acordo avaliado em R$ 6 milhões após caso de tortura por furto de carne

Sessão de tortura aconteceu em supermercado da rede UniSuper no Rio Grande do Sul em 2022

Por Ester Ferreira em 10/10/2023 às 08:02:09
Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Após seguranças realizarem sessão de tortura por furto de carne, a rede de supermercados UniSuper firmou um acordo de R$ 6,4 milhões com a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. O caso aconteceu em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, em 2022. Funcionários da empresa torturaram dois homens que teriam furtado pedaços de picanha do estabelecimento.

O valor do acordo será destinado a ações de combate à violência, à tortura, à discriminação e à insegurança alimentar, incluindo campanhas internas e externas, além de criação de uma ouvidoria independente e a oferta de bolsas de estudo e cestas básicas a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A rede se comprometeu a realizar treinamentos com todos os funcionários com foco no combate à violência, à tortura, à discriminação, o respeito à diversidade e riscos da abordagem violenta no desempenho das atividades de segurança.

RELEMBRE O CASO

No dia 12 de outubro, dois homens foram levados por seguranças para o depósito do UniSuper de Canoas, após terem supostamente furtado pedaços de picanha. Mesmo após devolver a mercadoria, a dupla foi espancada por 45 minutos pelos funcionários. Os homens só foram liberados após pagarem uma quantia em dinheiro superior ao valor da carne. Um deles ficou ferido gravemente e precisou ser colocado em coma induzido.

Sete funcionários foram indiciados por tortura e cinco deles por crime de extorsão mediante sequestro. Segundo o inquérito, as abordagens violentas eram comuns no estabelecimento.

Fonte: Diário do Nordeste

Comunicar erro
Banco do Brasil

Comentários

Banco do Nordeste